Comentário Bíblico publicado originalmente no Noticiário Evangélico
Cada um faz o que quer do seu dinheiro, isso é óbvio. E fazer o bem nunca é pecado. Todavia, a Bíblia estabelece regras para o bem praticado pelo cristão e quem quer "estar no centro da vontade de Deus", deve entender que:
A prática do bem deve começar pelos domésticos da fé:
Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé. Gálatas 6:10
O amparo material aos irmãos da fé revela "amor de Deus" no coração do cristão:
Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? 1 João 3:17
Há quem use as "doações" para promoção pessoal, o que já é um tropeço:
Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mateus 6:2
O cuidado para com os necessitados da própria igreja:
E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano,
E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?
Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tiago 2:15-18
A riqueza não usada de acordo com os príncípios bíblicos estimula o pecado dentro e fora da igreja, através da prática da "acepção de pessoas":
"se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com trajes preciosos, e entrar também algum pobre com sórdido traje,
E atentardes para o que traz o traje precioso, e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé, ou assenta-te abaixo do meu estrado,
Porventura não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?
Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?
Mas vós desonrastes o pobre. Porventura não vos oprimem os ricos, e não vos arrastam aos tribunais?
Porventura não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado?
Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado" - Tiago 2:2-9
Os ensinos de Jesus Cristo excluem a auto-promoção:
Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Mateus 6:3
A Regra de Ouro de Jesus:
Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas. Mateus 7:12
Conclusão:
Estamos vendo ricos tocando trombetas, alardeando seus feitos e se autopromovendo através de doações a causas filantrópicas e organizações de caridade de qualquer natureza. Não estamos vendo cristãos socorrendo seus irmãos necessidados ou apoiando a evangelização. O cristão deve ter um compromisso na Cruz do Calvário e esse compromisso é de financiar a evangelização e o socorro, primeiramente, aos próprios irmãos cristãos necessitados. Causas filantrópicas são atividades de mérito social, não se enquadram no evangelho e se opõe à caridade bíblica, que prevê a inclusão dos pobres da igreja como alvo de nossa preocupação primordial. Depois que fizermos isso tudo, sem alarde ou promoção pessoal, então podemos passar a cuidar daqueles que estão de fora da fé, mas sempre com o propósito de conduzí-los à Salvação de Jesus Cristo. Fora disso, erramos o alvo e saímos do centro da vontade de Deus. Só Deus mesmo para nos dar esse entendimento, endireitar os nossos propósitos e conformá-los à sua Vontade, nos desviando de nossos próprios erros, até mesmo quando queremos praticar o bem. Que esse pequena "crítica" não seja vista com maus olhos, mas como necessária à nossa edificação, para que a Vontade de Deus seja realmente plena em nossas vidas, evitando a queda espiritual. - Pr. Wagner Cipriano
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