E, assim, a profetizada apostasia dos últimos dias torna-se irremediavelmente real.
Enquanto isso, gerações de novos pastores destituídos da verdadeira unção, defendendo metas e métodos seculares e movidos por torpe ganância se encarregam de garantir às já combalidas igrejas evangélicas o cumprimento das profecias que sinalizam o final da igreja, a chegada do Arrebatamento e o início da Grande Tribulação. Para exemplo, torna-se real e atual – em nossos dias - a profecia do apóstolo Pedro, que alertava sobre a característica marcante do evangelho no final dos tempos, o comércio descarado do evangelho:
E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita. 2º Pe 2:3
Como resultado do evangelho fingido, hipócrita e comercial, crentes de diversas denominações, que sempre pautaram suas vidas ao serviço do verdadeiro evangelho, vivendo uma vida pia e exemplar, desaparecem a olhos vistos, substituídos por uma nova geração de falsos adoradores, que não elegeram a Bíblia como sua única regra de fé e conduta, revelando não serem parte dos eleitos e predestinados que Jesus Cristo comprou com preço de seu precioso sangue na Cruz do Calvário.
Cumpre-se a profecia de Paulo: Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências, voltando às fábulas (2º Tg 4:3-4). Cheia de teólogos e doutores, as igrejas evangélicas deixaram de apreciar a sã doutrina. Recebem nos púlpitos mais e mais heresias, corrompendo o rebanho. Pastores pregando apenas o politicamente correto e que agrade aos ouvidos do rebanho. Desagradaram a Deus.
É o resultado da igreja conduzida com métodos humanos. Destituídas da direção do Espírito Santo, seu fim é se igualar ao mundo em atos, obras e pensamentos. Nesse processo de contemporização com o mundo Israel entrou um dia, e terminou na apostasia, rejeitando o Cristo que tão intensamente aguardavam. Pagaram o preço por utilizar métodos humanos: Eles fizeram reis, mas não por mim; constituíram príncipes, mas eu não o soube - Oséias 8:4. Pastores diplomados, sem unção, dominam o rebanho como “reis e príncipes”.
A avidez pela conquista de poder religioso pode conduzir os evangélicos ao mesmo pecado cometido por Efraim:
Porquanto Efraim multiplicou os altares para pecar; teve altares para pecar.
Escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha - Oséias 8:11-12
Todo esse aparente crescimento não é nada se destituído da direção do Espírito Santo. Púlpitos em que as grandezas da Palavra de Deus são “estimadas como coisa estranha” conhecerão a recompensa divina: Põe a trombeta à tua boca. Ele virá como a águia contra a casa do Senhor - Oséias 8:1 .
É, o julgamento divino começa pela casa do Senhor, por nós, evangélicos: Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus? - 1Pe 4:17
Aos olhos de Deus:
Há quem se faça rico não tendo coisa nenhuma,
e quem se faça pobre, tendo grande riqueza.
(Pv. 13:7)
Jesus Cristo veio ao mundo trazendo a maior riqueza de Deus para a humanidade: o perdão dos pecados, a Salvação e a Vida Eterna. Há muitos que alcançam esse tesouro vertical e, com ele, a posição de “enriquecidos” diante de Deus, mesmo não possuindo coisa alguma. São os herdeiros do Reino. Outros concentram sua atenção na formação de grandes riquezas terrenas, horizontais, não sabendo que deles se assenhoreia a pobreza espiritual. Assim se cumpre a Palavra que diz:
Aquele que tem um ôlho mau corre atrás das riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele a pobreza. Pv. 28:22
Enquanto os mercadores do Evangelho da Prosperidade incitam recém-convertidos e igrejas emergentes a buscarem riquezas materiais como sinal da aprovação de Deus, os verdadeiros pregadores ainda persistem em ensinar e advertir que esse é o olhar da cobiça, que tem contaminado muitas igrejas e derrubado muitos cristãos sinceros, que não percebem que esse é o “ôlho mau”, o olhar doentio e carnal, que necessita do colírio de Apocalipse 3:18.
E assim a igreja do século 21, mercantilista e apóstata, exibe riquezas, ostentações e poder como símbolos de aprovação divina, ignorando que deles se apossa, cada dia mais, a pobreza espiritual.
Mas o Espírito Santo ainda trabalha por levar à nossa geração a mesma mensagem libertadora que ordenou à igreja de Laodicéia:
…não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas.
Reconhecer o erro, discernir qual é a verdadeira riqueza aos olhos de Deus e corrigir o alvo da soberana vocação é uma dádiva divina. Lembre-se: Ele castiga e corrige a todos quantos ama. Sê, pois, zeloso e arrepende-te... (Fonte:
A Verdadeira Riqueza )
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