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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Santificação do dízimo, da oferta e do ofertante


Não trarás o salário da prostituta nem preço de um sodomita à casa do SENHOR teu Deus por qualquer voto; porque ambos são igualmente abominação ao SENHOR teu Deus.

O dinheiro ganho por meios ilícitos, desonestos ou em atividades imorais podem ser deitadas no cofre das ofertas?
A Bíblia Sagrada é taxativa em rejeitar ofertas que não condizem com a regra bíblica. A oferta é uma honra ao Senhor e também ao ofertante. Contudo, Deus exige santificação para isso. Quando a oferta não respeita a regra bíblica, poderá acarretar o efeito contrário do que se esperava. Ou seja, ao invés de alcançar "graça" perante Deus, tal pessoa será considerada abominável perante Ele. O cristão fiel deve primeiro, ensina a Bíblia, examinar sua consciência e sua vida, e ver se está realmente transformado e santificado pela Palavra de Deus, para, então, apresentar sua oferta. Antes disso, nada feito. Melhor não ofertar, do que ofertar para seu próprio mal. Mas se você nasceu de novo em Cristo e possui rendas honestas, o seu dinheiro será -seja dízimo, seja oferta- um fruto agradável a Deus.

E quando o ofertante ou o sacerdote não respeita a regra bíblica?

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

SERVOS & FUNCIONÁRIOS, SOLDADOS & MERCENÁRIOS

A profissionalização do Evangelho, a valorização de títulos e a busca por cargos sempre produziu homens  despidos do Espírito Santo. Objetivo errado, alvo errado.

Envaidecidos pela glória terrena,  a obra de Deus desvirtua-se das metas centrais estabelecidas por Cristo. Mas o que fazer, quando as metas do evangelho se perdem no tempo? 
Muitos já não vem a Cristo por convicção e fé, mas pela decisão de seguir uma profissão rentável. Nesse contexto, Jesus Cristo têm pago ótimos salários a seus funcionários. São os melhores já vistos. Resta saber se é possível ao homem receber duas glórias, uma no céu e outra na terra, e se também é permitido amar a Deus e as riquezas... Pois estribam-se nelas como o sinal visível da aprovação de Deus à fé que anunciam. Falta-lhes a ciência no entendimento da Palavra: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom(riquezas). -Mat 6:24

O profissionalismo na obra de Deus não representa conversão à fé cristã e ao Evangelho. Antes, aponta para a necessidade do novo nascimento, como no caso de Nicodemos, em João 3.

Balaão

A obra objetivando a recompensa também é vista no exemplo de Balaão, falso profeta, dono de uma jumenta que recebeu mais visão  e entendimento espiritual do que ele próprio. Ela pôde alertá-lo que naquele caminho seu destino seria trágico: encontrar-se com o anjo justiceiro de Deus. Falsos profetas, falsos mestres e falsos obreiros sempre erram o caminho: Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça;-2º Pe 2:15. Erramos também quando passamos a amar exageradamente a recompensa, ou seja, a riqueza que o Evangelho pode produzir em troca do nosso trabalho.

O ensino do Evangelho segundo Paulo: por amor

Para o apóstolo Paulo, cujos olhos e mente foram iluminados pelo Espírito Santo,  alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; outros anunciam a Cristo por contenção, não puramente. Mas outros, por amor. E conclui: Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda. Fp 1:15-18

E outros palavras, o melhor Evangelho é o levado por amor a Cristo. Mas também importa que o nome do Senhor Jesus Cristo seja anunciado mesmo que por objetivos pouco nobres. Essa decisão é particular e pertence de cada um de nós, obreiros de Cristo. A recompensa será dada por Jesus segundo a obra de cada um e as intenções com as quais a executamos.

É algo parecido  com a comparação entre  servos e  funcionários, soldados e mercenários.

O servo

A palavra servo indica alguém que trabalha em regime de escravidão,  e se dedica a um senhor simplesmente pelo fato de que sua vida lhe pertence. Ele já não é dono de si mesmo. Sua vida pertence ao seu senhor e por ele foi comprado. Por isso não trabalha por salário, mesmo porque não tem direito a isso. E, como servo e  propriedade daquele senhor,  em troca de seu trabalho tem as garantias, como ensinou o Mestre:

Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
(Porque todas estas coisas os gentios procuram).
De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
-Mat 6:31-34

Entendemos, assim, nossa condição de servos diante do Senhor Jesus. Isso é mais evidenciado quando percebemos  a ordem divina:  E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir. -Mat 22:3 Somos, pois, os servos designados por Deus, trabalhando por levar o convite das bodas do Cordeiro a todos os homens.

E, como servos, devemos honrar ao nosso Senhor:  porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. -1º Cor 6:20.

Agora servos de Deus, não de homens: Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens. -1º Cor 7:23

O funcionário

Oposto ao servo, o funcionário trabalha para um senhor em troca  de uma recompensa material imediata. Não havendo recompensa ou salário logo se desinteressam pelo trabalho e abandonam-no. São marcados também pelo desejo de ascenção profissional. Altos cargos e altos salários são os objetivos principais da grande maioria dos funcionários.

Na guerra

Dos campos de batalha temos outra lição, que se refere ao soldado e ao mercenário.

O Soldado

O soldado verdadeiro se alista por vontade própria,  vai à luta impulsionado pelo amor à sua pátria, em defesa de seus irmãos, de sua família e tudo aquilo que acredita. Sua única recompensa é, um dia, voltar à  pátria como herói vitorioso e, ali, na companhia de seus irmãos,  receber o reconhecimento pelo suor e sangue derramados.

O bom soldado de Cristo

O apóstolo Paulo, que havia sido comandante de tropas e soldado experiente, ensina: Ninguém que se alista para a guerra se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. 2Ti 2:4.  O bom soldado de Cristo se ocupa com as almas encarceradas, algemadas. Ele luta por libertá-las. Não se preocupa com seu progresso financeiro, com sua posição social, com a conquita de bens materiais.

O Mercenário

Os mercenários são descritos como homens de guerra que lutam visando sempre uma recompensa financeira. Jamais expõe a vida ao perigo e visam somente o pagamento combinado. Com esse perfil, trabalham sempre para quem paga mais. A esses Jesus também se referiu: Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas.-Jo 10:12. Os mercenários não defendem as ovelhas, mas diante dos perigos, abandonam a igreja à própria sorte.

O exemplo que vem dos apóstolos

Quando olhamos para a Escrituras Sagradas, encontramos  ali um tipo especial de crentes. São pessoas que atenderam ao chamado do Senhor Jesus e o seguiram de uma forma especial. Quando, finalmente, estavam prontos para a batalha, para o bom combate, para o que se haviam  alistado, veio a traição de Judas Iscariotes. Vendeu seu ministério por trinta moedas de prata, -Mt 26:15. Mas os onze restantes não se intimidaram, ao contrário, vendo que a guerra agora estava em suas mãos, renovaram o ânimo e entraram em campo, para travar combate a satanás e seus demônios, na guerra que liberta as almas do fogo eterno.

A meta dos Apóstolos

Foi nesse momento que Jesus observou-lhes qual a meta principal do Evangelho:  Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai, - Mt 10:8. Esse é o foco principal: levar adiante o evangelho como o recebemos: de graça e objetivando a salvação das almas. O Evangelho que nada nos custou, cobrou de Jesus o mais alto preço que poderia pagar: sua vida. Devemos então retribuir-lhe, repassando o Evangelho a outros da mesma forma que o recebemos: de graça e por amor.

O foco principal

Na luta pela salvação das almas e contra o pecado, devemos dedicar toda a atenção, afim de agradar ao nosso Senhor, que nos chamou, nos alistou e nos adestrou para o bom combate. Quantos ainda estão embaraçados com os negócios desta vida, com as preocupações do dia a dia, e não entram no combate. Enquanto as almas sofrem nas prisões espirituais, os soldados de Cristo estão mais preocupados com a própria sobrevivência, ou em conquistar e possuir riquezas, em prosperar seus negócios. Erraram o alvo da soberana vocação. Desviaram-se do objetivo principal.

O preço a ser pago e a recompensa

Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará.  -Mar 8:35

Dedicar-se ao ensino do Evangelho e à libertação das almas por amor a Cristo é o preço a ser pago. Pagando esse preço, é o mesmo que perder a vida por amor de Jesus e guardá-la em segurança para a eternidade. Gastar os dias de nossa vida terrena no ensino da Palavra de Deus é segurança e garantia de salvação e vida eterna, quando o fazemos por amor ao nosso Senhor Jesus Cristo.

Podemos, também, escolher forma de desempenhar nosso trabalho: se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada. -1º Cor 9:17. Vemos que a recompensa do serviço ao Evangelho é também ditada pelas escolhas que fazemos em nosso coração. A forma de servir a Cristo determinará a recompensa a ser recebida.

Resgatando as metas e propósitos estabelecidos por Jesus

Mas escolhendo o alvo correto e não desviando das metas e propósitos estabelecidos por Cristo para o ensino do Evangelho teremos, com certeza,  a mesma alegria que inundou o coração do Apóstolo Paulo quando, ao final de sua carreira, pôde deixar para nós o resumo de sua vida: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. -2º Tm 4:7

Agora, cabe a cada um de nós escolher a nossa condição e a condição de nosso trabalho em relação a Cristo e ao Evangelho: servos ou funcionários, soldados ou mercenários?

E você, qual a sua real condição?

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