segunda-feira, 14 de março de 2011

Novo livro do Papa isenta judeus pela morte de Jesus


Papa lança livro  exonerando judeus pela morte de Cristo
Um livro escrito pelo papa Bento XVI e divulgado em 02 de março de 2011, reiterou uma recente decisão da Igreja Católica que isenta o povo judeu da responsabilidade corporativa da morte de Jesus, negando passagens dos Evangelhos que afirmam que os trabalhadores  e sacerdotes do Templo colaboraram com os romanos na detenção e posterior execução de Jesus.
"Muitos leitores vão encontrar nesta seção do livro, particularmente interessante, o Papa analisando as posições históricas tomadas sobre isso", disse o padre Joseph Fessio, fundador e editor da Ignatius Press, a editora do livro, acrescentando que ele espera que o livro "gere muita discussão".
O livro intitula-se Jesus de Nazaré: a Semana Santa - Da Entrada em Jerusalém até a Ressurreição.
Um crítico do livro comentou que o Papa "poderia ter se livrado de um monte de problemas pela simples leitura da epístola aos Romanos, do Apóstolo Paulo .

COMENTÁRIO BÍBLICO:
Quando afirmamos o contrário daquilo que diz a Bíblia Sagrada, estamos, no mínimo, dizendo que a Palavra de Deus é equívoca e mentirosa. O novo livro de Bento XVI é, deste modo, apenas mais uma jogada de marketing do famoso "politicamente correto". Querendo a afeição do povo judeu, Bento XVI insiste em contradizer os relatos bíblicos:
Que Jesus foi rejeitado pelos judeus como Rei de Israel, mesmo tendo a linhagem de sangue que lhe assegurava o direito ao trono:  
Mas os seus concidadãos odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós. Lucas 19:14
Que o povo judeu assumiu a responsabilidade pela sua morte
Fora daqui com este, solta-nos Barrabás. Lucas 23:18,20-25
E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos. Mateus 27:25 
Que povo e as autoridades judaicas pediram a sua morte
Falou, pois, outra vez Pilatos, querendo soltar a Jesus.
Mas eles clamavam em contrário, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o.
Então ele, pela terceira vez, lhes disse: Mas que mal fez este? Não acho nele culpa alguma de morte. Castigá-lo-ei pois, e soltá-lo-ei.
Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E os seus gritos, e os dos principais dos sacerdotes, redobravam.
Então Pilatos julgou que devia fazer o que eles pediam.
E soltou-lhes o que fora lançado na prisão por uma sedição e homicídio, que era o que pediam; mas entregou Jesus à vontade deles. - Lucas 23:20-25
Que a nação israelita foi culpada do sangue de Cristo 
A este [Jesus] que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Atos 2:23 
Saiba, pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. Atos 2:36
Que o castigo divino caiu sobre Israel, conforme sentenciou Jesus:
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste?
Eis que a vossa casa se vos deixará deserta. E em verdade vos digo que não me vereis até que venha o tempo em que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor. Lucas 13:34-35
Que a culpa de Israel permanece sobre toda sua descendência, até o dia de hoje
A culpa de Israel atinge a nação ainda hoje, mesmo sem terem participado ativamente do julgamento de Jesus Cristo. Sua culpa decorre do fato de o rejeitarem em seus corações até o dia de hoje, condenando-o à morte quando o desacreditam como seu Messias Salvador. Se estivessem lá, dão testemunho que também o crucificariam. Em suma, Israel, em sua grande maioria, inclusive seus rabinos, tem crucificado a Jesus Cristo em seus próprios corações, descrendo de todas as profecias que Deus lhes havia dado para que, através delas, pudessem identificar o Cristo. Mas torceram as escrituras, negaram e mataram o Cristo, e ainda pediram que seu sangue caísse sobre eles e seus filhos, pasmem!!! Enquanto não se arrependerem de tudo isso não alcançarão reconciliação com Deus. Vemos, então, que o pecado de Israel é sua insistente rejeição do Messias.
A Graça Salvadora é a mesma para todas as nações
Quando os judeus ouviram a pregação de Pedro que lançava sobre a nação de Israel a culpa pela morte de Cristo, responderam-lhe: Que faremos? Ao que lhes disse o apóstolo Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;  Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.
Atos 2:38
Assim como Pedro, devemos sempre  lembrar que Israel é a raiz da Igreja de Jesus, e que a promessa da Graça Salvadora também diz respeito a Israel e a todas as demais nações (...os que estão longe).   O princípio da Igreja era todo judaico, até que Jesus, ressuscitado, ordenou que o Evangelho fosse anunciado às demais nações. A partir de então, todas as nações da terra tem o mesmo direito à Salvação de Cristo, mesmo os judeus. Basta que não continuemos rejeitando Jesus Cristo!!! O único problema em relação a Israel é que ainda não chegou -para eles- o tempo em que serão restaurados à verdadeira fé, tanto que, até hoje, insistem em negar a Jesus Cristo como seu Messias Salvador. É o período de "endurecimento e sono espiritual" que veio sobre eles, do qual fala o apóstolo Paulo em  Romanos 11:8 e 11:25-32. Mesmo tendo  sido os responsáveis diretos pela morte e crucificação de Jesus, Deus ainda lhes reserva o direito de acesso à mesma Graça Salvadora que nós. Agora, seja judeu, seja árabe, seja qual for a nacionalidade, todo aquele que conhecer o Evangelho e se arrepender dos seus pecados, crendo na Palavra de Deus e aceitando a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, sendo batizado, será salvo:
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Marcos 16:16
Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Romanos 10:9
 
A Restauração de Israel e o perdão  divino
A situação de Israel é única nas Escrituras Sagradas. Como vimos acima, eles foram penalizados pela rejeição do Messias Salvador e a responsabilidade pela sua morte recaiu sobre a nação israelita desde o ano 70DC até 1948. Mas o Evangelho também contém, junto com o Antigo Testamento, promessas e profecias divinas que tratam da restauração da nação israelita à presença de Deus, tempo em que chorarão a morte de Cristo e alcançarão misericórdia e livramento. Desde 1948  estamos assistindo, portanto, ao cumprimento das profecias que tratam da Restauração de Israel, que se dará em quatro etapas: Unificação, Despertamento, Conversão e Restauração de Israel. Vejamos:
Período de Unificação geográfica
Deus tem reunido o povo de Israel, disperso pelas nações desde o ano 70dc. Essa estapa começou em 1948, quando a ONU anunciou aos judeus em todas as nações que retornassem à sua antiga pátria. Essa fase de reagrupamento já está próximo de seu fim, estando quase que praticamente cumprida a profecia de Ezequiel 39:28: Então saberão que eu sou o Senhor seu Deus, vendo que eu os fiz ir em cativeiro entre as nações, e os tornei a ajuntar para voltarem à sua terra, e nenhum deles excluí.
Vemos, assim, quase finalizado o processo de reunião do “Israel espalhado” em sua terra natal novamente. Enquanto Israel é restaurada à posição que ocupava a vinte séculos atrás, também Roma passará por esse processo, e verá seu “império” novamente restaurado. Tudo, porém, é parte do plano divino para conduzir, não somente Israel, mas toda a humanidade, ao período em que terão sua última chance de Salvação através do conhecimento e do arrependimento de seus pecados cometidos contra o Messias e contra a Palavra de Deus.
Período de Despertamento espiritual
Terminado o processo de "unificação geográfica", Israel entrará em um tempo de “despertamento espiritual”, no qual reconhecerá que se cumpriu sobre eles o castigo determinado por seu Deus, o Senhor Jesus Cristo, quando sentenciou: Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintainhos debaixo das asas, e tu não quiseste!
Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta;
Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor.
O despertamento os conduzirá  à reflexão, e, entendendo melhor as profecias do Antigo Testamento, ajudados pelas duas testemunhas de Apocalipse 11, verão, finalmente, o Senhor Jesus Cristo como o Emanuel prometido pelo profeta Isaías. Esse tempo será de arrependimento por tudo quanto fizeram contra o nome do Senhor Jesus Cristo e contra o Seu Evangelho. O despertamento conduzirá a nação israelista ao "arrependimento", e, por fim, à conversão e restauração espiritual da nação.
Período de Conversão e Restauração de Israel a Jesus Cristo
O próximo passo divino será “converter” Israel à fé em Jesus Cristo. Num futuro próximo, Israel se converterá a Jesus Cristo, ao qual negam já por cerca de dois mil anos.  A nação entenderá isso, se  “converterá” à fé Jesus Cristo. Depois de convertida, Israel será restaurada à posição de “povo de Deus” e, nesse tempo,  cercada pelos inimigos, será milagrosa e maravilhosamente “livrada” dos seus adversários pela intervenção divina. Deus procurará destruir todos quantos se levantarem contra Israel: E acontecerá naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém; Zacarias 12:9 Nesse tempo a nação israelita será instruída e conduzida pelas pregações proféticas das duas testemunhas de Deus, que pregarão e ensinarão as profecias a partir da praça central de Jerusalém, com poder e grande autoridade divinos, conforme predito em Apocalipse 11. Elas orientarão o povo israelense durante o processo de  conversão e restauração espiritual da nação, testemunhando que Jesus Cristo é o Messias verdadeiro. (Trecho retirado da mensagem publicada em O papel do Egito na criação do Novo Oriente Médio )
CONCLUSÃO
A análise das profecias nos permite entender que a responsabilidade de Israel pela morte de Cristo é um fato inegável. Contudo, mesmo tendo por isso sido penalizados, Deus lhes reservou um tempo de Restauração, conforme Paulo explica em Romanos 11. Por isso, em última análise, Bento XVI erra em contradizer as Escrituras Sagradas e, mais ainda, ao querer isentar Israel dessa culpa, mesmo porque isso não está em seu poder. O que Israel precisa é reconhecer Jesus Cristo como o Messias prometido e se arrependerem de dois mil anos de incredulidade que têem cometido contra as profecias dadas pelo próprio Jeová, seu Deus, que anunciavam a vinda do Salvador.  Quando chegarem a esse ponto, aí sim, alcançarão o perdão e a misericórdia. O maior mal que podemos cometer contra o Evangelho é dizer que não é pecado o pecado cometido. Isentar o pecador de culpa diante dos homens não o exime da culpa diante de Deus.  Isso não é anti-semitismo, é fidelidade às Escrituras Sagradas, mesmo porque consideramos Israel como o princípio da Igreja e Sua Restauração como parte dos planos divinos contidos no Antigo e Novo Testamentos.
A Mensagem para Israel hoje
No Livro de Oséias, no Antigo Testamento, encontramos o conselho de Deus que, nós cristãos, também devemos falar para a nação israelita: Converte-te, ó Israel, ao SENHOR teu Deus; porque pelos teus pecados tens caído. Oséias 14:1
Conclusão
Só o arrependimento da nação israelita poderá restaurá-los à comunhão com Jeová, seu Deus e nosso Deus. Por isso, é inútil isentar Israel de culpa, batendo de frente com o que Deus diz, o que, como vimos,  está muito claro nas Escrituras. Sua culpa está sendo expiada pela dispersão e pelo sofrimento de quase vinte séculos, até que passem pelo crivo da restauração prometida. 
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às Igrejas.
Que Deus abençoe a todos com sabedoria, conhecimento e entendimento.
Nos interesses de Cristo e Sua Igreja,
Pr. Wagner Cipriano

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